sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Dubai - Gate 214, parte 2

O silêncio acabou. Por alguns minutos me distrai e quando olhei ao meu redor o cenário original tinha mudado radicalmente.

As mulheres apareceram com crianças, trazendo confusão, barulho, cor, vida. Algumas mulheres (supostamente de religião hindu) usam cores cítricas sem qualquer constrangimento. Muitas crianças no saguão, pequenas, de colo, chorando, rindo, gritando, engatinhando, pulando, caindo, fazendo o que criança faz quando está acordada às 2 da manhã antes de embarcar em um avião. Todo mundo com a mão na boca e no chão – fato que me faz sentir ridícula por ter ficado tão preocupada com as condições de higiene do país. O barulho no saguão é ainda pior pelo jogo de futebol que a televisão transmite e todos os homens parecem acompanhar, com pouco ou nenhum entusiasmo. Faz 35 graus aqui, e o ar condicionado acabou de ser ligado.

Fomos encaminhados para um novo portão de embarque e parece que as pessoas se multiplicaram de forma exponencial. Agora sim parece que estou embarcando para Bangladesh. Tá tudo meio caótico e desorganizado. Bem pior que o Santos Dumont na sexta feira às 18:15, com os paulistas engravatados querendo pegar a próxima ponte aérea para São Paulo.

Vejo claramente 3 grupos de pessoas: mulçumanos, com mulheres arrumadas e cobertas, hindus, com mulheres coloridas e falantes e com muitos filhos a tiracolo, alguns poucos estrangeiros, inclusive eu. Encontrei um trio de mulheres (acho que inglesas), dois brasileiros (?!) e um casal alemão que estão no meu vôo. Outros esquisitos como eu!

A fila do embarque parece interminável e não sei como todos vão conseguir entrar no avião. Se você está viajando para um dos países com maior índice de gente por metro quadrado do mundo, não poderia esperar algo diferente.

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